Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa deverá ser condenado a, no máximo, 20 anos de prisão por crimes que vão de lavagem de dinheiro da administração pública, peculato, formação de organização criminosa à obstrução de investigação. Ele está prestes a se tornar réu em todos os processos que envolvem as 16 empreiteiras acusadas de formação de cartel e corrupção de agentes públicos na Petrobras. Apesar da provável condenação, Costa não deve ficar na cadeira, por conta do benefício do acordo de delação premiada com a Justiça do Paraná. O ex-diretor da estatal deve cumprir no máximo dois anos da pena em regime semiaberto, não será processado por fatos novos que vier a denunciar e, se mantiver o compromisso de colaborar com a Justiça, poderá solicitar a extinção da pena. Segundo o documento do acordo de delação premiada obtido pelo O Globo, os processos contra ele serão trancados assim que as penas somarem 20 anos de reclusão, assim ele irá cumprir apenas dois anos em regime semiaberto. Costa já cumpre prisão domiciliar durante um ano, com uso de tornozeleira eletrônica. Ele colocou à disposição da Justiça todas as senhas, números e cartões de contas no exterior e também pagou multa de R$ 5 milhões. O ex-diretor ainda se comprometeu a devolver bens ilícitos identificados pela Polícia Federal nas investigações, como uma lancha, um terreno em Mangaratiba e o carro Evoque que ganhou do doleiro Alberto Youssef.
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