Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
A declaração de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se aproxima da defesa conceitual do PMDB da Bahia, feita pelo dirigente da sigla no estado, Geddel Vieira Lima, comprova que há tempos uma ala peemedebista era insurgente contra o PT. Cunha se desvencilhou oficialmente do Palácio do Planalto nesta sexta-feira (17). E fez como a ala anti-PT, que ganhou corpo na Bahia ainda antes de 2010, quando Michel Temer passou a integrar a chapa com a petista Dilma Rousseff, mas o partido rompeu politicamente com o PT baiano na tentativa de reeleição de Jaques Wagner – a promessa de duplo palanque para Dilma, não cumprida pela então candidata, apenas acirrou ânimos a partir daquele ano. Desde 2010, os irmãos Vieira Lima, Geddel e Lúcio – agora na condição de deputado federal -, não deram trégua ao petismo na Bahia. Após 2014, quando Geddel fez parte do grupo peemedebista que defendeu a saída de Temer da chapa de Dilma, a relação entre PMDB e PT só piorou. O resultado foi a polêmica declaração de Cunha, tentando apagar a denúncia de que teria pedido R$ 5 milhões, feita em meio à Operação Lava Jato. Enquanto no plano federal os dois partidos trocam farpas, o PMDB baiano aplaude o rompimento cunhado na Câmara com uma avaliação entre os dentes de “já sabia”.
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