Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
O anúncio de rompimento com o governo feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), nesta sexta-feira (17), causou grande impacto na oposição e dentro do PMDB, que divulgou nota classificando a decisão do parlamentar como ‘pessoal’. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, líderes oposicionistas consideraram “muito grave” o posicionamento de Cunha, principalmente se surgirem novas denúncias contra eles. Nesta quinta, o empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal, afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro que o deputado pediu US$ 5 milhões em propinas. Ainda segundo Folha, a oposição teme que a decisão crie uma crise institucional, agravando a crise política e econômica do país. Apenas o Solidariedade declarou apoio publicamente à Cunha. “Vislumbro um quadro muito difícil nesse segundo semestre. Há uma instabilidade institucional agravada. Ele declarou guerra ao governo”, disse Mendonça Filho (DEM). Ainda de acordo com Folha, o senador Agripino Maia (RN), presidente do DEM, afirmou que a posição de Cunha abre portas para um possível pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Se o processo via Cunha na presidência um impeditivo, agora temos uma porta aberta se surgirem elementos jurídicos”, apontou. Ainda de acordo com Folha, nos bastidores, a cúpula peemedebista considerou o anúncio de Cunha “um tiro no pé”, por conta do “desespero” e que o parlamentar deve perder força dentro do Congresso por ter atacado, de uma só vez, o Planalto, o Ministério Público, Judiciário.
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