quinta-feira, 17 de março de 2016

Rui pede ‘serenidade’ e defende democracia: ‘Nazismo tinha grande apoio popular’


Rui pede ‘serenidade’ e defende democracia: ‘Nazismo tinha grande apoio popular’
Foto: Elias Dantas/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O governador Rui Costa defendeu, nesta quinta-feira (17), que a população e autoridades políticas tenha “serenidade” após a divulgação de ligações grampeadas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à Rádio Sociedade, o gestor estadual defendeu que o aparelho judicial “tem que ter um funcionamento autônomo, ser independente de partidos políticos e não pode se sentir pressionado, nem mesmo pelo apelo popular”. “As pessoas acham que ditaduras não tiveram apoio popular. Não é verdade. Se você olhar a história, o aparelho de comunicação do Nazismo tinha amplo apoio popular. Na Itália, Mussolini teve grande apoio e depois o povo se arrependeu amargamente”, comparou. Rui fez ainda uma outra analogia da situação atual da presidente Dilma Rousseff à história brasileira. Segundo ele, sempre houve uma “insatisfação da elite branca”, que “nunca se conformou que pobre tivesse voz e vez”. “Todos os presidentes que fizeram qualquer tipo de gesto com a população acabaram se suicidando ou saindo do governo. Getúlio Vargas foi perseguido pela elite. Eles não se conformam em sentar no avião ao lado da empregada doméstica”, alegou. O governador questionou, ainda, o pedido de prisão preventiva de Lula feito pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). “Qualquer pessoa tem os mesmos direitos perante a lei, seja pra condenar ou inocentar. Se tiver uma discussão sobre seu imposto de renda, se você omitiu ou não algum bem, você receberia pedido de prisão por conta da diferença? Qual o procedimento normal? Notifica, abre prazo de notificação e, se comprovar, vai pagar a multa e no fim do processo pode ser condenado. [...] Eu não quero tratamento diferenciado pra mim nem pra ninguém. Agora ser preso antes de discutir se deve alguma coisa ou não? É um absurdo. Se criou cenas cinematográficas com autoridades jurídicas ao invés de zelar pela lei”, criticou

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