quarta-feira, 16 de março de 2016

BAHIA: : CARTA SUPRAPARTIDÁRIA À PRESIDENTA FOI A PRINCIPAL DELIBERAÇÃO DO ENCONTRO EM DEFESA DA PETROBRAS

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Com gritos de “Defender a Petrobras é defender o Brasil”, a categoria petroleira, movimentos sociais, sindicais e da juventude, além de representantes da FUP, CUT, FNP, CTB, Sindipetro Bahia e ASTAPE iniciaram e terminaram um importante debate intitulado “Os Campos de Exploração de Petróleo no território Baiano”. O encontro, ocorrido no Auditório Jorge Calmon, teve suporte na Assembleia dos deputados estaduais Rosemberg Pinto, líder da bancada Petista da ALBA; Alex Lima, membro da Comissão de Finanças, Orçamentos, Fiscalização e Controle; e de Hildécio Meireles, membro da comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, que formam a Frente em defesa da Petrobras na Casa Legislativa.

Além dos deputados da Frente, o debate foi moderado pelo deputado Rosemberg, e mesa composta pelo ex-presidente da Petrobras, Gabrielli; Zé Maria Rangel e Adaelson Costa, da FUP; o deputado estadual Joseildo Ramos, Federais, Davidson Magalhães e Moema Gramacho; além do vereador de Alagoinhas Radiovaldo.

O desmonte do Sistema Petrobras, a ameaça de entrega do Pré-sal ao capital estrangeiro e a venda dos campos terrestres de petróleo na Bahia permearam os discursos acalorados. Na Bahia, dois dos polos de produção mais rentáveis foram os escolhidos pela Petrobras para serem entregues à iniciativa privada. Um deles é Buracica, que possui sete campos e está localizado na região dos municípios de Catu e Alagoinhas. O outro é Miranga, com nove campos e situado na região de Pojuca. Com a venda desses polos, cerca de 250 trabalhadores diretos ficam sem postos de trabalho e amargam a incerteza se serão transferidos, quando e onde podem ser realocados. Para os cerca de 750 trabalhadores indiretos a realidade é ainda mais cruel. Esses, serão demitidos.

O Sindipetro Bahia alertou que a venda dos campos terrestres às empresas privadas irá causar grandes impactos nos municípios situados no entorno desses campos no Recôncavo baiano. A estimativa é de que haja uma redução de cerca de 60% do efetivo próprio e terceirizado, junta-se a isso a redução da massa salarial, o que pode provocar um grande impacto negativo na economia dessas cidades.

Já o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, ressaltou que a FUP e sindicatos filiados vêm utilizando de todos os recursos, inclusive jurídicos, para tentar barrar esse processo de desmonte dessa grande companhia, que na Bahia, por exemplo, está entregando à iniciativa privada um negócio lucrativo, que são os campos terrestres de petróleo. Deyvid afirmou ainda que a luta em defesa dos trabalhadores, do Sistema Petrobras e do Brasil será feita diariamente, nas portas das unidades da Petrobrás, no Congresso Nacional e nas ruas e pediu o apoio da Frente criada na Assembleia para que seja montada uma força-tarefa suprapartidária em defesa da Bahia. “Precisamos que o governador Rui Costa esteja do nosso lado”, destacou.

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