por Estadão Conteúdo
Presidente e alguns dos ministros | Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR
O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), anunciou na quinta-feira (10), que a presidente Dilma Rousseff colocará em prática a partir desta sexta-feira (11), uma reforma administrativa que tem por objetivo cortar gastos e dar mais eficiência à gestão. A medida atende às exigências do Congresso, comandado pelo PMDB, de somente negociar o aumento da carga tributária após o Planalto enxugar a máquina pública. "Amanhã (sexta-feira) o governo começa a anunciar uma série de medidas de cunho administrativo, incluindo os ministérios, e, ao longo da semana que vem, completaríamos", disse Delcídio à reportagem. "Esse também é o entendimento do ministro Levy, todas as ações que o governo vai implementar para que efetivamente a gente saia desse cenário kafkaniano", afirmou o senador, que se reuniu ontem com o titular da Fazenda, Joaquim Levy. A reforma foi tratada na reunião de coordenação convocada de forma emergencial pela presidente um dia após a agência de classificação de risco Standard & Poors ter retirado o grau de investimento do Brasil. Dilma pediu unidade ao governo e determinou agilidade nos anúncios das medidas. Delcídio não informou quais pastas entrarão na reforma nem quais cargos serão cortados, mas reconheceu que a iniciativa tenta contemplar a cúpula do PMDB no Congresso, que não aceita dividir com o Executivo o desgaste da defesa da elevação de impostos. Um ministro que participou da reunião disse que o governo precisa "tomar medidas de caráter emergencial" para uma "política de austeridade fiscal". Mas ressaltou que as decisões não serão anunciadas todas de uma vez, mas "a conta-gotas".
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