BAHIA: SEM FIOL, PRODUÇÃO DE GRÃOS BAIANOS DEVE SER ESCOADO PELO MARANHÃO
Do jornal “Correio”.
O sonho de produtores rurais da região Oeste da Bahia, de escoar a produção através de uma ferrovia que desemboque em um porto moderno e equipado para a operação com grãos, está cada vez mais perto de se tornar realidade. Só que a ferrovia não é a nossa Fiol, nem o terminal portuário não é o tão sonhado Porto Sul. Totalmente automatizado e com acessos rodoviários e ferroviários – pelas ferrovias Norte-Sul, Carajás e Transnordestina –, o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto de Itaqui, sai na frente pela disputa das cargas de grãos no eixo norte do Brasil, enquanto o projeto de escoamento baiano patina graças a dificuldades financeiras do governo federal e do principal investidor privado no negócio, a Bahia Mineração.
No último ano, o Tegram ultrapassou a marca de 3 milhões de toneladas exportadas, e um dos principais objetivos do pool de empresas que administra o terminal é “desviar” para o Norte pelo menos 160 mil toneladas de soja do Oeste baiano, principalmente de fazendas próximas aos estados do Piauí e do Tocantins. Como atrativos, o terminal construído com investimentos de R$ 600 milhões oferece uma operação totalmente automatizada, com níveis de produtividade compatíveis aos dos mais modernos portos especializados em grãos no mundo.
E nos próximos anos, o consórcio que administra o Tegram projeta novos investimentos, que vão somar R$ 500 milhões, na construção de um segundo cais e em terminais remotos próximos a ferrovias, para facilitar a recepção de cargas nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, integrantes do Matopiba – além do norte do Mato Grosso.
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