Marisqueiras e pescadores de Ilha de Maré protestam na manhã desta segunda-feira, próximos ao Porto Aratu-Candeias, localizado em Candeias, Região Metropolitana de Salvador. De acordo com a coordenadora dos quilombolas, Eliete Paraguassu, o ato rememora a explosão - há exatos dois anos - do navio gaseiro Golden Miller, de bandeira das Bahamas, e cobra respostas dos responsáveis pelo ocorrido. A assessoria de comunicação da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), gestora do porto, informou que não havia qualquer balanço sobre possíveis atividades empenhadas em resposta a tais demandas. O incidente gerou, na época, uma vasta fumaça negra e forte cheiro de gás nas comunidades. “Todo ano a gente faz uma mobilização aqui no porto para lembrar a explosão do navio que foi embora, mas que nos deixou com todo prejuízo”, disse a representante quilombola, que lista problemas respiratórios causados às pessoas e danos às moradias, algumas rachadas, na localidade de Botelho. O protesto, ela diz, também é motivado pela privatização do Porto. “Estão ampliando e vai ter mais um píer; mais doença, explosão e problema para a gente”, reclama. Munidos de faixas, os manifestantes estavam, ao menos por volta das 8h30, no entroncamento onde caminhões realizam carga e descarga. Inaugurado em 1975, o Porto Aratu-Candeias é a unidade portuária do Complexo da Bahia com maior movimentação de produtos, entre os quais estão minérios de ferro, manganês e cobre; uréia, fertilizantes, nafta, propeno e concentrado de cobre.
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