sábado, 21 de março de 2015

Dólar recua com exterior em dia de realização de lucros

Dólar recua com exterior em dia de realização de lucros
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
O clima positivo no exterior, marcado pela busca por ativos de maior risco, abriu espaço nesta sexta-feira, 20, para a queda firme do dólar ante o real no Brasil. Após uma manhã de volatilidade intensa, a moeda americana se firmou em baixa em sintonia com o cenário internacional, onde as negociações entre autoridades da Grécia e da zona do euro parecem estar avançando. E após o dólar ter atingido ontem o maior nível em quase 12 anos no Brasil, também havia espaço para realização de lucros (venda de moeda). O dólar à vista de balcão cedeu 1,76%, aos R$ 3,2370. Em um total de 15 sessões em março, esta foi a quarta em que o dólar caiu ante o real. O dólar para abril - o mais líquido e o que serve de referência para o câmbio brasileiro - cedia 1,69%, aos R$ 3,2485. Pela manhã, o dólar oscilou entre altas e baixas e chegou a marcar, às 9h31, a máxima de R$ 3,3140 (+0,58%) no balcão. No exterior, o viés já era claramente de baixa para o dólar, com os mercados enxergando um futuro menos nebuloso para a Grécia. Hoje, o país pagou uma parcela de 340 milhões de euros de um empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o primeiro-ministro Alexis Tsipras afirmou que a "Grécia sai mais otimista do encontro" com líderes europeus. A Alemanha ainda é um obstáculo, sendo que a chanceler Angela Merkel aguarda uma lista de reformas da Grécia para a próxima semana, mas já se mostrou aberta à possibilidade de desembolsos antecipados para Atenas. Ainda pela manhã, a moeda se firmou no terreno negativo também no Brasil, com a realização de lucros predominando. Ordens de stop foram batidas, o que amplificou a pressão de baixa. E exportadores também aproveitaram para internalizar recursos quando o dólar no balcão superou os R$ 3,31. A pressão baixista aumentou durante discurso da presidente Dilma Rousseff, no Rio Grande do Sul. Entre outras coisas, ela voltou a defender os ajustes fiscais e destacou que o Orçamento da União foi aprovado e, "assim que sancionado, vamos fazer contingenciamento". Dilma destacou ainda que as flutuações cambiais não quebram o País - ao contrário do que ocorria no passado - e que quanto mais rápido o ajuste for feito, mais rapidamente o País sairá da situação de restrição. Neste cenário, o dólar à vista de balcão marcou a mínima de R$ 3,2040 (-2,76%) às 13h34. Da máxima vista mais cedo para esta mínima, a moeda oscilou -3,32%, num claro sinal de forte volatilidade. 

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