Com o PT aos frangalhos, de tanto ser golpeado pela direita retrógrada, de norte a sul do país; bombardeado pelo poder dos conglomerados midiáticos numa caçada brutal àquele que foi o maior presidente da história do país desde que o Brasil se tornou uma república; vítima de um ódio virulento e sem precedentes, aconteceu, na noite de sábado do dia 28 de agosto, a 35 dias das eleições municipais, o que não estava roteirizado para que se firmasse como parte da cena: Adroaldo consegue fazer uma passeata histórica que me fez lembrar os áureos tempos da verdadeira militância petista dos idos anos 2000.
Contrariando a lógica de que o petista só sabe fazer política com dinheiro, o dia de hoje foi marcado pelo maior movimento, até agora, dentre os candidatos que se dispuseram a medir forças para chegarem ao dia 2 com o gás necessário para ser o vencedor do pleito.
O que se viu foi algo incomum: Irinho, o locutor petista, puxava o cordão dos humildes moradores da cidade numa passeata simplesmente fenomenal. E fenomenal porque ninguém em sã consciência acreditaria que o galo “lazarento” pudesse surgir dos mortos para a glória popular de um evento gigantesco com seu “Exercito de Brancaleone”, hasteando e tremulando bandeiras vermelhas de rasgados TNTs (Tecido Não Tecidos).
A passeata de Adroaldo foi de puro TNT: símbolo químico da dinamite que bombou em massa e energia; o que equivaleu, aproximadamente, à uma grande quantidade liberada pela detonação da massa explosiva de seus incautos e religiosos seguidores.
A dinamite foi o explosivo criado por Alfred Nobel, que mais tarde criou o prêmio Nobel para compensar os males causados por seu invento à humanidade.
Nessa noite de sábado, do dia 28 de agosto de 2016, a passeata de Adroaldo e de sua militância “fundamentalista” petista, – quando tudo se anunciava para ser um fiasco – o que se viu em Itororó foi uma explosão de energia humana e popular.
Só o futuro dos 35 dias restantes para o dia da eleição, nos dirá se a passeata tem os mesmos componentes da dinamite de Nobel, do ponto de vista como a massa humana se apresentou; ou, se só foi uma bolha que enganou a este modesto escriba e alguns apaixonados do poleiro vermelho. Por hora, a cidade vai dormir com um barulho acima dos decibéis permitidos pela lei do silencio.
Por Milton Marinho